Aldeia de Safara

Bem no coração do concelho de Moura, na encruzilhada de vias importantes que atravessam o território da margem esquerda do Guadiana e ligam esta zona do Alentejo ao resto do país e a Espanha, de que dista apenas cerca de trinta quilómetros, a aldeia de Safara desponta à distância num traço de cal sem deixar ninguém indiferente, com a sua igreja-atalaia dominando o casario em redor.

Funcionando como uma espécie de imagem de marca da aldeia, que partilha com os famosos Pastelinhos de Safara, a Igreja Matriz constitui a representação máxima de um forte sentimento de pertença que anima a comunidade local e se manifesta no orgulho pela história e memórias antigas que encontram referência no património monumental, arquitectónico, religioso, arqueológico, etnográfico (festividades religiosas, artes e ofícios, inter-conhecimento, saberes-fazer, cante alentejano, festa brava, gastronomia, etc) e ainda na paisagem envolvente de bons solos agrícolas, que explica a base produtiva assim como a matriz social e económica da freguesia, e de elevado valor cénico e conservacionista, tendo em conta uma grande variedade de ecossistemas (rio Ardila, serra da Adiça, montados de azinho e estepes cerealíferas) e de espécies raras da fauna e flora que os habitam.

Converter todos estes recursos em factores de desenvolvimento local é o propósito maior do Centro de Artesanato e Cultura de Safara, que, no contexto das novas oportunidades que hoje se perspectivam para o mundo rural, procura contribuir com diversas iniciativas para que a aldeia consiga promover e veja reconhecidas as suas riquezas, em benefício dos que a visitam e dos que nela residem.