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Na
grande maioria dos casos exercida por reformados, a actividade de construir
cadeiras tradicionais mobiliza sazonalmente e a tempo parcial seis cadeireiros
em todo o concelho de Moura, mais os mestres Rainha e Caixinhas, de Safara,
que se dedicam a título permanente. Na opinião de todos
eles, o principal constrangimento que afecta a actividade tem a ver com
a dificuldade em obter as matérias-primas mais básicas,
como o loendro e o buinho, e em responder à imensa procura que
este tipo de artefactos continua a conhecer hoje em dia. Num quadro assim,
ganha acuidade pensar-se em incentivar a recolecção destes
materiais como alternativa e oportunidade credível de emprego,
em articulação com os próprios artesãos. A
introdução de preços mais justos na comercialização
a par do acesso a mercados mais compensadores são também
aspectos importantes para a promoção do estatuto sócio-económico
dos produtores/criadores e uma forma de demonstrar a viabilidade económica
desta actividade em particular, sobretudo junto dos jovens. Do mesmo modo,
é imperioso participar e fazer contactos em feiras, criar uma marca
e uma etiqueta que assegurem a qualidade e a origem de cada peça
produzida, tecer compromissos entre a tradição e a modernidade
através de um design sugestivo e apostar na criação
de um catálogo e de um site promocionais. A tudo isto está
atento e procura dar resposta o projecto RODA-VIVA, no seu esforço
continuado de aposta nas artes e ofícios como campo viável
de criação de emprego no concelho de Moura.
Este
texto tem por base os resultados constantes do inquérito realizado
em 2001 pela ADCMoura às empresas agroalimentares do concelho. |
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