Porrajmos – O Genocídio Cigano

Calcula-se que, entre 1939 e 1945, mais de 500.000 ciganos tenham sido mortos pelo regime nazi e seus aliados. Há estimativas que apontam para cerca de 680.000 mortos. Havendo mesmo quem quantifique em 1.500.000, embora tal número possa ser excessivo, atendendo a que outra estimativa indicava que a população cigana antes da II Guerra deveria rondar um milhão de pessoas. De qualquer modo são números que caracterizam tal mortandade como um Genocídio – o Porrajmos, palavra, que significa literalmente “devorar”,  usada para mencionar o genocídio dos ciganos à mão do regime de Hitler. Porém, a repressão sobre os ciganos não acabou com o fim da Guerra. Em França, os ciganos (que nunca chegaram a ser deportados daqui) continuaram internados até 1946 em campos de reeducação (para serem “socializados” e “sedentarizados”). Na Alemanha, mantiveram-se todas as medidas que haviam sido tomadas contra eles antes de 1943 e só em 1982 o chanceler alemão Helmut Köhl reconheceu formalmente o genocídio dos ciganos. Agora, 70 anos após o massacre de milhares de ciganos no Campo de Concentração de Auschwitz-Birkenau, Thorbjørn Jagland, Secretário-Geral do Conselho da Europa, apelou a todos os Europeus, além de repetir a conhecida frase “Para que nunca mais!”, exortando com estas palavras:

“Nós devemos criar medidas legislativas para lutar contra a discriminação e promover a integração dos Ciganos na Sociedade. Conhecer melhor a cultura e a história deste povo, e particularmente os aspetos mais sombrios da perseguição aos Ciganos, ajuda a criar uma oposição aos preconceitos e à intolerância. O Conselho da Europa quer preservar a memória pelo ensino do Porrajmos nas escolas, paralelamente com outros esforços de promoção da tolerância e da imparcialidade para com os Ciganos, em todos os países.”

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