CADEIREIRO, CESTEIRO, ARTESÃO DE ARTIGOS DE PELE E CORTIÇA
Nasceu em Safara, em Abril de 1957. Perfeito de apelido e perfeito na execução e acabamento de muitas dezenas de peças, das mais distintas artes, em que já deixou a sua assinatura: cestos, cadeiras de buinho,
trabalhos em pele e em cortiça, em tamanho real ou miniaturas. Filho do campo, foi aí que a veia inventiva despertou desde muito cedo. “O artesanato nasceu comigo, enquanto andava guardando gado”. Acompanhado da inseparável navalha, bastava cair-lhe aos pés uma raiz de oliveira ou um tanganho de loendro para exercitar os dotes artísticos. E só descansava quando a peça lhe enchia as medidas. Em 1984, foi trabalhar para a Câmara Municipal de Moura, onde exerceu funções nos sectores das águas e espaços verdes. Homem dos sete instrumentos (“manobrador de máquinas, motosserrista, podador, enxertador, eu sei cá…”), é a fazer artesanato que o António Perfeito se sente nas suas sete quintas. Por isso, podemos encontrá-lo hoje no edifício dos Quartéis, em Moura, de “posse” dos seus cestos e cadeiras, ainda ao serviço do Município.
Filipe Sousa (texto e fotos)
