Aloysia triphylla (L.’Hérit.)
nomes vulgares
Lúcia-lima, bela-luísa, erva-luísa, doce-lima, limonete.
espécie
Aloysia triphylla
género
Verbenaceae
família
Aloysia
origem
Planta oriunda do Chile, Argentina e Peru, introduzida na Europa nos finais do século XVIII pelos espanhóis, sendo cultivado na Europa e Marrocos, como ornamental e aromática.
características genéricas
Arbusto de folha caduca, lenhoso, que pode alcançar 3 m de altura.
As folhas, de cor verde-claro, têm até 8 cm de comprimento e um forte aroma e sabor a limão.
As flores são pequenas, de cor branca com laivos de lilás no interior.
época de floração
De Junho a Setembro.
habitat
Adapta-se bem a solos moderadamente férteis se forem bem drenados.
Exposição solar, clima quente e húmido, consegue suportar temperaturas baixas até cerca de 4º C.
partes utilizadas
Folhas e óleo essencial destas.
usos medicinais
A infusão das folhas é utilizada contra a falte de apetite, flatulência, cólicas gastrointestinais e insónias, acidez gástrica, pois é considerada um excelente tónico e com propriedades carminativas, digestivas, estomáquicas e antiespasmódicas.
O óleo essencial é utilizado, em aromaterapia, como espasmolítico e estimulante hepatobiliar.
usos culinários
As folhas dão sabores a azeites e vinagres, sobremesas de fruta, gelatinas e bolos.
As folhas podem ser cozinhadas como as dos espinafres.
Excelente a aromatizar todo o tipo de saladas.
Preparação da infusão: aquecer a temperatura até cerca de 90ºC, deixar 3g/L em infusão durante 7 minutos, coar e servir. O deslumbrante verde brilhante esconde a intensidade do seu aroma frutado, realçando-se as notas cítricas da casca de limão. A intensidade e vivacidade tornam a sua persistência longa, perdurando deliciosas notas a limão.
outros usos
Na cosmética é utilizada na elaboração de perfumes, águas-de-colónia e pot-pourri.
curiosidades
O óleo essencial é usado na elaboração de perfumes.
No século XVII, a lúcia-lima era descrita pela sua utilidade no tratamento de numerosas afecções femininas (favorece menstruações harmoniosas, acalma as enxaquecas e os estados nervosos).
O termo genérico Aloysia resulta da latinização do nome “Louisa”, em homenagem a Maria Louisa, esposa do rei Carlos IV de Espanha – que viveu no final do século XVIII e início do seguinte – daí derivando os nomes vulgares de bela-luísa e erva-luísa.
Utilização para perfumar a roupa e evitar o desenvolvimento de traças, e ainda para curar mordeduras de cobras.
precauções
Não usar por períodos longos pois pode provocar perturbações gástricas e até gastrites.
bibliografia
CUNHA, A. Proença da; RIBEIRO, José Alves; ROQUE, Odete Rodrigues, Plantas Aromáticas em Portugal – caracterização e utilizações, 2ª ed., FCG, Lisboa, 2009.
MCVICAR, Jekka, O poder das ervas aromáticas, Civilização Editores, Porto, 2003.
SILVA, Joaquim Sande (coord. edit), Guia de Campo. As árvores e os arbustos de Portugal continental, colec. Árvores e Florestas de Portugal, Fundação Luso-Americana, Jornal Público, LPN, Lisboa, 2007.
nota
A ADCMoura não se responsabiliza por nenhum efeito adverso do uso da planta.